quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Julgamentos...

"Como assim, agora esse blog vai falar sobre assuntos chatos feat. sérios?"

Não necessariamente nessa ordem, mas sim... vida real de vez em quando, faz bem para qualquer um. E não, não precisa ser chato para falar de coisa séria. Basta ser humano.


É... eu não combino muito com seriedade, mas vamos lá. O que desencadeou o texto de hoje foi que eu estava perambulando serelepe pelo mundo virtual, quando me deparei com uma matéria em um grande portal Brasileiro, a respeito de uma mulher que resolveu dar a guarda do filho para o pai, porque teve depressão pós parto e de vez em quando dava uma vontadezinha marota de matar o menino e tals. Tipo, só um pouquinho... 


Ela relatava o seu problema e sua ida do céu ao inferno em 9 meses de gestação e um parto. E lá foi ela, toda trabalhada na psiquiatria, procurar uma solução para aquela coceirinha faceira que dava, toda vez que via o menino e estava com uma faca na mão. Você há de convir que tem de ter um auto-controle muito grande para conseguir passar por cima da doença e reconhecer que o bem estar da criança é a prioridade. E poderia ter ficado nisso mesmo. Fim de texto. Mãe feliz, moleque respirando. 

Mas eu sou curioso. E resolvi ler os comentários a respeito da postagem. 

E entre um comentário fofo desses... 


ou desses...


... a gente nota o quanto essa ruma de meteoro é ruim de mira e NENHUM acerta a terra para varrer a humanidade de uma vez. Porque, olha... tifalá, hein? Cês notaram que eu dei uma ênfase no "doença" ali em cima? Pois é. Ao que tudo indica, ninguém notou. Eu grifei porque li o texto. Inteiro. Inteirinho. E pude entender o contexto pelo simples fato de que a narrativa foi clara. Ela É DOENTE e por isso, teve ímpetos assassinos. 

E foi isso que me trouxe o texto de hoje: JULGAMENTOS


Cinco anos atrás, eu tomei a decisão de mudar de país, de recomeçar, de sobreviver, de aprender e principalmente, de crescer. 

Não foi uma decisão fácil. Não veio em um momento oportuno e teve um custo muito além do financeiro. Eu estava desempregado, perdendo minha mãe para o câncer e no meio da nebulosidade de uma crise internacional que atingia em cheio, a área em que eu trabalhava. Daí você junta os seus trincados, antes que virem cacos espalhados, chora e resolve que é hora de dar "tchau" e pegar o caminho da roça.


Obviamente, não tardaram os "comentários". Vou dar as opções:

A) Deu um golpe e fugiu do país; 
B) Roubou o dinheiro do seguro da mãe dele e fugiu do país;
C) Foi vender o corpo na Austrália;
D) Que Austrália que nada. Foi pra Suíça. Colocou peito e agora se chama Madelynne.
E) Que mané Austrália. No máximo foi parar em Sobral e daqui a pouco vai encher o "Orkut" de photoshop com Canguru.
F) Austrália? Vixe! Foi dar é longe.
G) Todas as opções acima.

Fofo, né? E alguns desses comentários partiram de pessoas que eu considerava "amigos".
Não vou, obviamente, me intitular Santo. Eu mesmo seria capaz de um comentário jocoso. Aliás, meu senso de humor é conhecido por isso. Mas há um limite. Um respeito. Um benefício da dúvida. Um SIMANCOL. 

Aliás, 


É incrível a capacidade que gente ruim tem de ser ruim. E se superar: Ser péssima. Porque se não aconteceu, inventa. Fácil, né? Vamos criar atrito, gente! O mundo não está escroto o suficiente. 
Alguém lembra da mulher em Santos, que foi linchada pela população, por causa de um boato de Facebook? Pode piorar! Cês lembram dos Manés tirando selfie na frente do Café sitiado em Sydney? Na hora da confusão? Aquele que tinha um terrorista dentro? Que matou 2 pessoas, inclusive uma mãe de 2 criancinhas? Pois é... tá pouco? Tem mais... 

Não, pera...


Melhor coisa a fazer: Puxar a descarga de tanta bosta. 

Mas toda ação tem uma reação. E as vezes, bem desproporcional à ação original. As pessoas não procuram os "Por quês". Elas os criam. De maneira sintetizada, resumida e cruel. O ser humano gradativamente está perdendo a capacidade de se colocar no lugar dos outros. E essa insensibilidade é grotesca. Frase do dia? "Não é comigo, tudo bem...". 

Sinceramente?


 ACELEEEEEEEERA, METEORO!!!

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